Faz exatamente 3 meses que estou vivendo aqui. Pisei pela primeira vez na NZ dia 07 de Agosto de 2011.
E nesses 3 meses ainda não perdi o encanto. Meu relacionamento com gringos aqui é quase nulo ainda, mas digo que estou encantado pelo lugar em si e não pelos relacionamentos de amizade (ainda que o pessoal aqui é muito civilizado, mas já encontrei alguns de mal humor ou que não gostem de tomar banho, hahaha).
É na neve, que voce vê a alegria das pessoas e dos animais, na beleza desta cidade, dia de sol, nublado ou mesmo na chuva.No brasil eu já gostava de chuva, pra pegar um barro com minha bicicleta de trilha ou mesmo andar a pé. Aqui é melhor ainda. As nuvens parece que baixam e encobrem o pico das montanhas. A chuva cai tranquila e serena. Raios e trovoadas, ainda não vi. Dia desses vi uma família pela manhã, dia de chuva. Uma mãe, uma senhora empurrando um carrinho com bebe e uma criancinha de uns 7 anos. Eu me protegendo da chuva e vento com podia e a criancinha correndo de bermuda na chuva, jogando uma bola de Rugby para o alto. As duas mulheres conversando numa boa e o nené no carrinho. Parece um absurdo, mas aqui não é brasil e as mães daqui não vão ralhar com seus rebentos por causa de um chuvisquinho ou um ventinho gelado… que interessante esses hábitos. Sempre que volto do trabalho cedo, passo por uma área gramada, onde tem a estátua tamanho real do extinto "Moa", perto onde os barcos/lanchas de passeios ficam ancorados (isso se chama pier?).
voltando do trabalho levo 1 hora de caminhada, mais ou menos
É abrir um solzinho que o pessoal já se deita na grama, lê um livro, faz piquenique, compra um fardinho de cerveja e ficam papeando. Dia desses tinha um festival e parei por alguns instantes para ver uma molecada adolescente tocando um rock'n'roll de primeira ou então uma banda de senhores de barbicha comprida arrebentando no blues music.
Cara, quando vejo isso me dá ânimo, pois é o tipo de cultura que gosto de ver. É, em Barretos-SP não tem muito disso sabe? Não me venha me falar que tem a famosa e gloriosa Festa do Peão de Boiadeiro, por que duas semanas de bagunça não me convence sobre a cultura… Acho que falta mais disso, sabe, coisas saudáveis para se fazer, shows ao ar livre, teatros, passeios, mesmo (ou principalmente) sem a intenção de lucrar em cima ou depredar o local comunitário. Agora me lembro de quando a prefeitura de Barretos instalou a academia ao ar livre e no outro dia já tinham destruído alguns equipamentos. Não me surpreenderia se alguém me contasse que levaram uma peça inteira e venderam por kilo no ferro-velho... Espero estar erradíssissimo.
Bom, enfim, aqui estou experimentando isso, a coisa da cultura mais viva. Sei que tem muita cidade no Brasil que é assim, mas não em Barretos.Ainda não canso de agradecer a Deus todas as manhãs por estar aqui e como tudo que vejo é tão bonito e como eu posso percorrer por tudo aqui livremente e com minha força de vontade. Caminho muito aqui, mas muito mesmo, nunca me alimentei de tanta água igual venho tomando aqui na NZ. Me sinto até mesmo mais saudável. As pessoas tem hábitos saudáveis aqui. Não que ninguém beba ou fume ou "fume", mas aqui você vê as pessoas se exercitando, andando a pé, indo trabalhar de bicicleta, comendo frutas. Não vejo muitos fumantes por aqui, nem bêbados dando trabalho. Esse prazer pode ser muito caro por aqui. Já disse que um copo de cerveja (e boa hei?) num pub pode custar 5NZ$? Que uma carteira de cigarros uns 30$NZ? Se bem que o pessoal compra fumo de enrolar e queima a folha seca do mesmo jeito, hahahaha.... Malucos da cidade… meu álbum de malucos está praticamente zerado, mas sempre que posso, tiro a fotos de hippies, estátuas vivas e artistas de ruas. Volta e meia, alguém pega um violão e toca em frente a algum pub, para arrecadar algumas moedas. Ou então algum instrumento pouco comum, como um piano antigo ou violino. Sim, o "Piano Man" toca e vende seus CDs por 20$NZ perto das lanchas de passeio.
estátua humana de bronze
piano man tocando e um turista registrando
esse estátua humano se mexia bastante. acho os que vi em sampa muito melhores, by the way... engraçado foi ver ele sentado num banquinho mandando a ver num lanche, HUAHUHAU...
Aos sábados, rola uma feira, com várias barraquinhas, que vendem principalmente, arte. São artesanatos, correntinhas, fotografias, pinturas. Tinha um velhinho que estava pintando um quadro enquanto exibia sua galeria em sua barraquinha. Outro fotografo com suas fotos lindíssimas da NZ a 20$NZ cada quadro pequeno. Sabonetes artesanais, estátuas e arte em madeira maori, até mesmo cartomante lendo a sorte via aqui. Uma feira diferente de tudo que conhecia no Brasil, sem aquela gritaria, legumes, milho, pastel, cd pirata e galinhas penduradas de ponta cabeça, kkk…
A cartomante e um cliente sentados. O cara estava rindo demais, a notícia foi boa, kkk.
sabonetes artesanais
relógio na garrafa
fotos incríveis de paisagens daqui...
ó o velhinho trabalhando em seu quadro.
Tudo voltado ao turismo mesmo. O pessoal aqui sabe como explorar essa área. Fico pensando se na minha cidade seremos capazes de fazer isso um dia, um ano todo dedicado ao turismo e não apenas 2 semanas... No garden, muita gente vai para andar de bike, correr, meditar, fazer ioga, tocar violão, piquenique, andar de skate e jogar frisbie (golf de mão). Esporte/brincadeira estranha, mas o pessoal aqui curte muito. É como se fosse golfe, mas temos que lançar um disco e tentar acertar os alvos, que parecem cestas de lixo de metal, em menos jogadas possível. Uma viagem. Mas no Garden, sou mais me sentar na grama, sacar um livro da mochila e ler enquanto os passarinhos cantam e se aproximam curiosos. É, a qualidade de vida aqui é de primeira. Também rezo para não deixar isso cair na rotina e não ter mais olhos para tudo isso, por que seria trágico! Bônus: Dudu e eu, de jardineiro feliz, dando um trato no gramado de casa, kkk. O cortador é do século passado, funciona a gasolina (nada de misturar óleo) e liga no tranco da cordinha. Depois de afogar o motor algumas vezes a gente já estava profissional. Engraçado foi a vizinhança bater palma e gritar "uhull" quando acabamos, HUAHAUHAU...
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