E.T. o Extra-Terrestre, de 1982, é um consagrado filme co-produzido e dirigido por Steven Spielberg, que fez parte da minha infância. Assisti novamente depois de uns 15 anos e nem preciso dizer que foi nostálgico.
E.T. conta a historia de um garotinho que faz amizade com um alienígena que caiu perdido na Terra, e, juntamente com seus irmãos e outras crianças, tentam ajudar o estranho do espaço a retornar para sua casa, deixando os oficiais do governo pra trás.
Foram gastos 10.5 milhões de dólares com retorno financeiro de 700 milhões de dólares. Bonita essa conta, não?
É dito que tudo começou com um amigo imaginário da infância de Spielberg, que ele desenvolveu depois da separação de seus pais, de um projecto de filme baseado em sua infância, influências de seu filme de 1977, Close Encounters of the Third Kind (Contatos Imediatos de Terceiro Grau) e também outro projecto mais sinistro, Night Skies, na qual alienígenas aterrorizam uma família (não pude deixar de lembrar do filme Contatos Imediatos de Quarto Grau, que saiu há pouco tempo).
O famoso diretor contou toda essa história para a roterista Melissa Mathison e oito semanas depois já tinham um roteiro perfeito para E.T.
Então agora restava criar um protótipo animatrônico de E.T., que demoru três meses para ficar pronto, custou 1.5 mihões de dólares e foi inspirado em personalidades como Carl Sandburg (escritor), Albert Einstein (físico) e Ernest Hemingway (escritor, jornalista).
As filmagens tiveram início em setembro de 1981 sob o nome de "A Boy's Life", pois Spielberg tinha medo de que o roteiro sofresse plágio. Os atores inclusive só podiam ler os scripts à portas fechadas e havia um controle através de IDs no set de filmagens.
Spielberg gravou todo o filme em ordem cronológica de eventos, esperando captar mais emoção das pessoas envolvidas. O diretor fez o máximo para deixar o set de E.T. o mais real possível, chegando a causar susto real no ator mirim quando da aparição do E.T. animatrônico.
O filme também não contou as famosas storyboards, dando ênfase na espontaneidade nas filmagens. As filmagens foram completadas em 61 dias.
John Williams compôs as músicas. Não é necessário dizer mais nada.
Ah, escuta só viu, Spielberg também foi acusado de plágio.
- "Mas o que!?"
Isso mesmo, mininim...
O roteiro do Caolho é baseada no script de 1967, "The Alien" do diretor indiano Satyajit Ray.
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The Alien, de Satyajit Ray.
Satyajit Ray foi um dos maiores produtores de filme de todos os tempos.
Influência em E.T. (a história do plágio) e até Simpsons (o personagem Apu de Groening foi inspirado da "Trilogia Apu" de Satyajit Ray) são creditados a esse homem. Vários diretores também foram influenciados por seu trabalho, como Martin Scorcese, Arthur C. Clarke, John Huston, Akira Kurosawa e Geoge Lucas.
Vídeo de Martin Scorcese:
Satyajit Ray recebeu vários prémios por seu trabalho, inclusive a famosa estatueta.
The Alien teve seu script escrito em 1967, baseado num trabalho anterior de ficção científica do próprio Satyajit Ray, Bankubabur Bandhu (Banku Babu's Friend or Mr. Banku's Friend).
A história se passa quando uma nave pousa em uma área rural de Bengali (Índia), onde os moradores começaram a adorar a nave como se fosse um templo que emergiu da terra. Então um Alien faz contacto com um jovem do vilarejo através dos sonhos e prega peças na comunidade do vilarejo, enquanto fica no planeta Terra.
Tem uma cena em que o biografo de Satyajit Ray, W. Andrew Robinson, descreve como:
"Numa série de passos fantasticamente rápidos sobre folhas de lotus, o E.T. chega na margem do lago. Ele olha para baixo na grama, examina as folhas e adentra um bosque de bambú. Então o E.T. vê uma planta pequenina. Seus olhos brilham numa luz amarela. Ele passa sua mão sobre a planta, que floresce. Um fina, leve gargalhada estridente mostra que o E.T. está satisfeito"
Me lembrei das cenas com os girassóis no filme de Spielberg.
Grandes artistas, como Peter Sellers e Marlon Brando se interessaram no filme e a Columbia Pictures foi contratada para fazer o filme.
Mas a coisa começou a degringolar. Ray ficou alarmado quando soube que o produtor Mike Wilson patenteou o script de Ray no nome dos dois. Mas o script foi escrito apenas por Ray. Que fdp!
Chegando na Columbia de Londres, Ray pegou Wilson dando festas esbanjadoras para pessoas famosas. A situação piorou quando os executivos da Columbia sugeriram que Wilson tinha pego sua parte do roteiro.
Uma outra tentativa para trazer outro ator famoso foi feita, mas Satyajit Ray já tinha se cansado da Máquina Manipuladora Hollywoodiana e voltou para Calcutá, na Índia, abandonando de vez o projeto "The Alien".
Columbia tentou persuadir Ray a retomar o projeto, com o amigo de Ray, Arthur C. Clarke intermediando tudo.
O tempo passa e, em 1982 Steven Spielberg lança o consagrado E.T., com uma história muito similar ao roteiro de Ray, produzido pela mesma empresa de antes. Para muitos, mais do que uma mera coincidência.
Spielberg nega plágio, alegando que quando o roteiro de Ray circulava por Hollywood, ele era apenas um garoto na escola.
Ficção Científica Bengali faz parte da literatura Bengali. Bengali é falado ao Sul da Ásia, especialmente em Bangladesh e alguns estados da Índia.
Vários escritores bengalí escreveram historias de ficção científica durante os Séculos IXX e XX.
O grande Asimov já dizia que "a verdadeira ficção científica não poderia realmente existir até que as pessoas entendam o racionalismo da ciência e comecem a usá-la com respeito em suas histórias". Isso resume bem a antiga ficção científica bengala.
Um dos mais antigos a escrever sci-fi foi Jagadananda Roy, que escreveu em 1857 e publicou em 1879, Shukra Bhraman - Viagens à Venus. Este livro descreve uma jornada interestelar para outro planeta e descreve criaturas Aliens vistas em Urano, usando teoria evolucionária similar à dos homens. Roy publicou inclusive dez anos antes de um dos pais da ficção científica, H. G. Wells, publicar "A Guerra dos Mundos", em 1889, onde Wells descreve alienígenas de Marte.
Hemlal Dutta também é considerado um dos primeiros a escrever sci-fi bengala, por seu "Rohosso"- O Mistério, publicado em duas partes em 1882 na revista "Bigyan Dorpon" - Espelho da Ciencia.
Jagadish Chandra Bose - JC Bose, considerado nos dias de hoje como pai da ficção científica bengali, escreveu em 1896 "Niruddesher Kahini", que fala sobre controle do tempo, destacando-se a captura de um ciclone com um frasco de óleo capilar. Mais tarde o título da obra mudou e ficou conhecida como "Fuja Ciclone".
Destaque feminino, Roquia Sakhawat Hussain, feminista islâmica, escreveu "O Sonho de Sultana", que descreve uma utopia feminina de inversão de papéis, onde os homens sao fechados em reclusão, de maneira correspondente à tradicional prática islâmica do Purdah. Uma rápida googlada mostra que trata-se da cortina/separação que impede as mulheres de serem vistas por outros homens que não sejam seus parentes diretos. Seu livro foi publicado em 1905 em uma revista.
Outros escritores, como Premenda Mitra e Hemendra Kumar Ray escreveram respectivamente Kuhoker Deshe - Na Terra do Mistério e Meghduter Morte Agomon.
Em Bangladesh destacam-se Qazi Abdul Halim, Humayun Ahmed e Muhammed Zafar Iqbal, que escreveu um grande número de trabalhos de ficção científica.
Seguindo os passos dos antigos escritores de sci-fi, cada vez mais jovens estão escrevendo, iniciando uma nova era na literatura de Bangladesh.
Vários escritores de Bengali do Oeste, estado indiano, também se destacaram, passando por revistas especializadas e chegando à Satyajit Ray, que ficou conhecido por escrever "The Alien", ganhando imensa popularidade para a nova Ficção Científica Indiana.
É, existe a acusação de que o roteiro de Steve Spielberg do filme E.T. foi baseado no roteiro de Satyajit Ray, "The Alien", enviado aos produtores de filme ainda na década de 1960.
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